A cultura à qual o indivíduo está inserido influencia diretamente na forma com que ele lida com o dinheiro. Os países asiáticos são famosos por serem grandes poupadores, enquanto que, nas culturas americanas, as pessoas tendem a gastar mais.
A história e a geografia do país influencia diretamente na formação dessas culturas. O Japão por exemplo, é um país onde suas características geográficas ajudaram a moldá-lo contra o desperdício, pois o país está acostumado a lidar com escassez de recursos e, principalmente, com desastres naturais. Diminuir o desperdício é uma das formas de organizar também a vida financeira, que, juntamente com a disciplina característica dessa nação, ajuda na formação de poupadores.
Os Estados Unidos, por sua vez, é um país de mais abundância de matéria prima, crédito fácil e cultura de consumo, tendo, assim, menos tendência à formação de poupança.
No Brasil muito está sendo discutido sobre educação financeira para crianças nas escolas, e, tendo isso em vista, pegamos algumas dicas da consultora internacional de educação financeira Cássia D’Aquino e trouxemos para vocês! Essas informações, inclusive, podem ajudar a formar não só pequenos mochileiros, mas também cidadãos do mundo:
MESADA
A mesada é super importante! Até a faixa dos 10 anos, ela idealmente deve ser semanada e ter um dia exato. Não é bacana esquecer e entregar todo o dinheiro do mês de uma vez para a criança, pois ela vai achar que ficou milionária e não saberá o que fazer com aquela quantia.
A quantia não deve ser tão pequena a ponto de que a criança não consiga fazer planos de orçamento com ela, nem tão grande de modo que ela não precise fazê-lo. O ideal é ir aumentando o valor à medida que a criança for crescendo e seus gastos aumentando: primeiras saídas, lanches, namoros, etc.
Ela não deve ser utilizada como moeda de troca, pois, nesse caso, ela passa a tirar a autoridade dos pais: o papel de educar não deve ser passado para o dinheiro. A mesada tem como função principal a educação financeira da criança, para que ela possa ir exercitando e desenvolvendo uma relação saudável com o dinheiro para vida adulta, pois, no primeiro momento, provavelmente a criança se empolgará e irá à “falência” algumas vezes até aprender a lição.
RELAÇÃO FAMÍLIA / DINHEIRO
A criança pode (e deve) ser colocada a par de planos maiores da família, como economizar para uma casa nova, para uma viagem, para conhecer um dos países dos Pequenos Mochileiros, etc. Para isso, é legal estimular a criança a abrir mão de coisas legal em prol da economia, como não pedir pizza essa semana, por exemplo. Dessa forma, o plano em conjunto a inclui e ela se torna uma participante dessa estratégia econômica.
No entanto, não é interessante a criança saber o quanto a família ganha e, tampouco, quais os gastos que ela impacta na vida financeira dos pais, já que isso poderia gerar uma sensação desnecessária de culpa.
Sobre a famosa pergunta: “Somos ricos ou pobres?”, não é interessante informar aos pequenos. No mais, errar também vai fazer parte do jogo. O importante é tentar acertar mais que errar!
Esperamos que esse artigo possa ajudá-los nessa balança!